Os empregados e as empregadas da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) entraram, nessa sexta-feira (3), no oitavo dia de greve, sem obter uma contraproposta da direção da empresa às suas reivindicações. O movimento paredista já tem adesão de 70% de jornalistas e radialistas da empresa.
A paralisação por tempo indeterminado foi deflagrada no último dia 26, devido à conduta recriminável da empresa que, desde 2020, não sinaliza para abertura de uma efetiva negociação para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho das categorias.
As e os jornalistas e radialistas protestam contra o descaso patronal e as sucessivas perdas salariais enfrentadas que já superam 15%, além da negativa da empresa em manter minimamente aqueles direitos que já constam em vários Acordos Coletivos de Trabalho, e que representam conquista histórica da categoria.
Entre as perdas impostas às categorias estão a estabilidade para mães que acabaram de retornar da licença-maternidade, o auxílio a Pessoas com Deficiência, redução de hora noturna e liberações sindicais.
A EBC tem trabalhadores em Brasília (DF), onde está a sede da empresa, no Rio de Janeiro e em São Paulo. A empresa pública é composta pela TV Brasil, Agência Brasil, Radioagência Nacional, Rádio Nacional e MEC, além da Rede Pública de Rádio e TV, com 33 afiliadas de TV e 11 de rádio.
As trabalhadoras e os trabalhadores seguem realizando piquetes diários em frente às entradas dos prédios da EBC nas três capitais, com cafés da manhã, rodas de conversa, debates, atividades culturais e diálogo com a população.
Em nota assinada pelas entidades representativas das categorias nas três capitais (DF, SP e RJ), “os sindicatos e a Comissão de Empregados repudiam a falta de retorno sobre a pauta de reivindicações e consideram que a atitude faz parte do conjunto de ações em prol do desmonte e privatização da empresa”.