As e os profissionais da área da Saúde contratados como residentes para atuar no combate à pandemia de Covid-19 estão em greve desde o dia 4 de maio por não receberem salários há mais de dois meses. Dezenas de residentes fizeram uma manifestação em frente ao prédio do Ministério da Saúde (MS), em Brasília (DF), na última segunda(10).
Atuam como residentes cerca de 10 mil profissionais, incluindo as e os médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais. Com uma jornada semanal de 60 horas de trabalho e regime de dedicação exclusiva, as e os residentes deveriam receber uma bolsa mensal no valor líquido de, aproximadamente, R$ 2,8 mil, paga pelo MS. A maioria também aguarda o pagamento da bonificação extra de R$ 667 mensais prometida pelo governo. Além do pagamento das bolsas e bonificações, as e os residente exigem vacinação, equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados nos postos de trabalho e a volta da Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde (CNRMS), responsável por coordenar as residências nacionalmente, que não é convocada desde abril de 2019, o que agrava a situação em que se encontram as e os trabalhadores em residência no país.
O ANDES-SN lançou uma nota em apoio à luta do movimento paredista. "O quadro da residência em saúde no Brasil é muito grave, o(a)s trabalhadore(a)s, em processo de aprendizagem, estão lutando contra os descasos do governo, em particular, o comportamento do governo federal que contribui para o aumento desse processo de precarização e das péssimas condições de trabalho e estudo", disse.
Acesse aqui a nota do Sindicato