Diante do atual cenário da pandemia, a Fiocruz divulgou, nessa terça-feira (16), mais uma edição do Boletim Extraordinário do Observatório Covid-19 Fiocruz. A análise chama atenção para os indicadores que apontam uma situação extremamente crítica em todo país. Na visão dos pesquisadores da Fiocruz, trata-se do maior colapso sanitário e hospitalar da história do Brasil.
O Boletim mostra que, após mais de ano de pandemia no Brasil, das 27 unidades federativas, 24 estados e o Distrito Federal estavam com taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) iguais ou superiores a 80%, sendo 15 com taxas iguais ou superiores a 90%. Em relação às capitais, 25 das 27 estão com essas taxas iguais ou superiores a 80%, sendo 19 delas superiores a 90%.
Os dados são das secretarias estaduais de Saúde e do Distrito Federal, e das secretarias de Saúde das capitais. As novas informações apuradas foram adicionadas à série histórica já apresentada pelo Boletim. O mapeamento traz dados obtidos desde 17 de julho de 2020.
Para evitar que o número de casos e mortes se alastrem ainda mais pelo país, assim como diminuir as taxas de ocupação de leitos, os pesquisadores defendem a adoção rigorosa de ações de prevenção e controle, como o maior rigor nas medidas de restrição às atividades não essenciais. Eles enfatizam também a necessidade de ampliação das medidas de distanciamento físico e social, o uso de máscaras em larga escala e a aceleração da vacinação.
Diante do aumento no número de mortes, com médias diárias que ultrapassam 2500 óbitos, o ANDES-SN reafirma a necessidade de ampliação imediata da vacinação para toda a população, da concessão urgente de um auxílio emergencial que atenda às necessidades das trabalhadoras e trabalhadores para que possam exercer o isolamento e distanciamento social e a revogação do retorno às atividades escolares e acadêmicas presenciais em todo o país.
Confira aqui o Boletim
* Fonte: Agência de Notícias Fiocruz, com edição e inclusão de informação ANDES-SN