Respeitando as normas de distância social preconizadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde), 10 trabalhadores e trabalhadoras da área da Saúde realizavam, no sábado (23), um protesto público e pacífico na via amarela, zona norte do Rio de Janeiro.
Os manifestantes apontavam a falta de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e pediam condições de trabalho dignas para melhor atender a população. Quanto à essa, pediam que as pessoas respeitassem a quarentena e permanecessem em casa, haja vista que os hospitais cariocas estão enfrentando superlotação, acarretando em mortes para os pacientes de covid-19, bem como de outras doenças. Outra reinvindicação dizia respeito à ampliação do auxílio emergencial para pessoas de baixa renda e trabalhadores informais
Sob a falsa acusação de estarem promovendo desordem e incitando aglomeração, a agente de vigilância em Saúde do Ministério da Saúde Lúcia Pádua, que é diretora da FENASPS (Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social), e o médico da familia e da comunidade, diretor do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, Carlos Vasconcelos, foram detidos e levados para a 26ª DP. Ambos foram liberados sob fiança e terão que responder a processo criminal.
Para Eblin Farage, secretária-geral do ANDES-SN, as manifestações pró governo não têm contado com repressão, nem mesmo aquelas que promovem aglomeração, como é o caso das que tem acontecido aos domingos em Brasília. “É um absurdo que, respeitando as normas de segurança de saúde pública, trabalhadores sejam criminalizados por defender a vida'', finaliza.