Conselho Universitário da Unicamp aprova moção pelo cessar-fogo na Faixa de Gaza

Publicado em 01 de Outubro de 2024 às 16h36. Atualizado em 01 de Outubro de 2024 às 16h38

O Conselho Universitário (Consu) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) aprovou, em sessão realizada no dia 24 de setembro, uma moção que reforça a exigência de um urgente cessar-fogo na Faixa de Gaza, território palestino localizado na fronteira com o Egito e Israel, com acesso ao Mar Mediterrâneo. A moção foi apresentada pelo Comitê Unicamp em Solidariedade ao Povo Palestino.

A guerra em Gaza já causou a morte de cerca de 41,5 mil palestinos e palestinas, em sua maioria mulheres e crianças, de acordo com autoridades da Palestina. O conflito tem se expandido, com Israel atacando também o Iêmen e o Líbano. Mais de 22 mil pessoas, que fugiram dos bombardeios israelenses no Líbano, buscaram refúgio na Síria desde o dia 23 de setembro, conforme informações divulgadas pela Agência Brasil em 26 de setembro, com base em fontes de segurança sírias.

Aprovada por unanimidade, a moção repudia atos de violência contra populações civis e exige o fim das hostilidades. “O Consu repudia atos de violência contra populações civis no Oriente Médio e em particular condena as brutais atrocidades na Faixa de Gaza”, diz o documento. “Por isso, exige um urgente cessar-fogo, a fim de que seja estancada a barbárie genocida na região”, acrescenta.

“Entendemos que o Consu não deve se omitir nem se calar diante do agravamento da tragédia humanitária evidenciada pelo permanente e infindo massacre da população civil palestina. Por meio deste posicionamento público, o Consu expressa o compromisso da comunidade acadêmica da Unicamp pelo fim da ocupação dos territórios dos palestinos, contra o odioso regime do apartheid e pela defesa de uma Palestina livre e soberana e a expectativa de um futuro democrático, laico e de paz em toda a região”, finaliza o documento.

As manifestações contra o genocídio do povo palestino têm crescido nas universidades, instituições e países ao redor do mundo. Recentemente, a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução pedindo o fim da ocupação ilegal de Israel na Palestina. 

ANDES-SN em defesa do povo palestino
O ANDES-SN tem uma longa trajetória de apoio à luta pela liberdade e autodeterminação do povo palestino, desde 2003, com deliberações que incluem o engajamento em comitês de solidariedade e o boicote ao Estado de Israel. Em 2018, o sindicato aderiu à campanha de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) contra Israel, incentivando a solidariedade internacional à causa palestina.

No 42º Congresso da entidade, realizado em 2023, foi aprovada a moção "Não é guerra, é genocídio!", reforçando o apoio à luta palestina. No 67º Conad, ocorrido em julho deste ano, foi decidido que o ANDES-SN lutará pelo rompimento das relações diplomáticas e comerciais entre o Brasil e Israel, destacando a relação entre os acordos militares de Israel e a militarização das periferias no Brasil. Além disso, o sindicato continuará promovendo debates sobre a causa palestina e apoiando aqueles perseguidos por defender essa luta, incluindo a reativação do Comitê da ONU contra o crime de apartheid.

Fonte: Com informações da Unicamp

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