Docentes, estudantes e técnicas e técnicos realizaram uma manifestação em frente à reitoria da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), na terça-feira (23), contra as intervenções do Ministério da Educação na instituição. A UFGD foi a primeira universidade do país a sofrer uma intervenção do governo de Jair Bolsonaro e, atualmente, mais de 20 instituições se somam a ela.
Vestidos de preto, as e os manifestantes fizeram um enterro simbólico da democracia na UFGD, com cruzes e um caixão. Foram colocadas faixas e cartazes nas grades do prédio da universidade com as palavras de protesto: "O Golpe continua" e "Fora Interventores". O ato faz parte das mobilizações da comunidade em protesto à continuidade da intervenção federal na UFGD que, nas últimas semanas, ganhou mais um trágico capítulo. Uma portaria publicada no dia 5 deste mês de fevereiro substituiu a então interventora da instituição, a docente Mirlene Damázio, que estava no cargo deste junho de 2019, pelo docente Lino Sanabria.
As entidades organizadoras do ato, entre elas a Associação dos Docentes da UFGD – Seção Sindical do ANDES-SN (AdufDourados SSind.), solicitaram a reitoria pró-tempore uma audiência para debater a posição da nova reitoria e a manutenção da intervenção, além da nomeação do reitor e vice-reitora eleitos. Para as entidades, o governo Bolsonaro insiste na ideia de ignorar a lista tríplice que elegeu em março como reitor Etienne Biasotto e Claudia Lima como vice-reitora.
Além da AdufDourados SSind., organizaram o ato o Diretório Central dos Estudantes DCE/UFGD), a Associação de Pós-Graduandos (APG/UFGD) e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação das Instituições Federais (Sintef/UFGD).
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