Cesta básica registrou aumento em 16 capitais em janeiro de 2022, segundo Dieese

Publicado em 09 de Fevereiro de 2022 às 17h53. Atualizado em 09 de Fevereiro de 2022 às 18h04

Em janeiro deste ano, o valor do conjunto dos alimentos que compõem a cesta básica aumentou em 16 das 17 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. As altas mais expressivas ocorreram em Brasília (6,36%), Aracaju (6,23%), João Pessoa (5,45%), Fortaleza (4,89%) e Goiânia (4,63%).

São Paulo foi a capital onde a cesta apresentou o maior custo (R$ 713,86), seguida por Florianópolis (R$ 695,59), Rio de Janeiro (R$ 692,83), Vitória (R$ 677,54) e Porto Alegre (R$ 673,00). Entre as cidades do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente das demais capitais, os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 507,82), João Pessoa (R$ 538,65) e Salvador (R$ 540,01).

De acordo com o Dieese, em janeiro de 2022, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 5.997,14. Ou seja, 4,95 vezes o valor atual do mínimo de R$ 1.212,00. A entidade estima, mensalmente, o valor do salário mínimo necessário com base no custo da cesta mais cara e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que a remuneração mínima deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

O Departamento também analisa o tempo médio de trabalho necessário para que uma trabalhadora ou um trabalhador consiga adquirir os produtos da cesta básica. Em janeiro deste ano, a jornada mínima necessária foi calculada em 112 horas e 20 minutos.

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo, determinado pelo governo federal, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador ou a trabalhadora que recebe esse valor comprometeu em média, em janeiro de 2022, mais da metade (55,20%) do seu rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos, mesmo com o reajuste de 10,18% aplicado ao salário mínimo no início do ano.

Com informações do Dieese. Foto: Vinicius de Melo/ Agência Brasília

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