Após as manifestações de sábado (19), que reuniram milhões de brasileiros e brasileiras nas ruas, em mais de 400 cidades brasileiras e no exterior, em protesto contra o governo de Jair Bolsonaro e em defesa da celeridade na vacinação contra a Covid-19, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, declarou que irá vacinar toda a população adulta do país, acima dos 18 anos, com uma dose até setembro deste ano. Esse foi o segundo ato em menos de um mês contra o governo federal e sua política genocida.
A afirmação do ministro foi feita, nessa segunda-feira (21), em audiência na Comissão Temporária Covid-19 (CTCovid), que tem como objetivo debater o Plano Nacional de Imunização e o cumprimento dos respectivos prazos, bem como as medidas de combate à pandemia.
As senadoras e os senadores cobraram do ministro da Saúde um cronograma para a vacinação de toda a população, porém Queiroga não forneceu o calendário detalhado, alegando depender de informações dos laboratórios produtores. Ele é o quarto ministro da Saúde do governo de Jair Bolsonaro, tendo assumido a pasta em março em substituição ao general Eduardo Pazuello.
500 mil mortes
No sábado (19), o Brasil atingiu a trágica marca de 500 mil mortes por Covid-19. Durante os protestos, as e os manifestantes exibiram cartazes com os números das pessoas mortas em decorrência do vírus e em homenagem às pessoas que morreram em decorrência da doença.
O ANDES-SN, em nota, prestou solidariedade aos familiares de meio milhão de brasileiras e brasileiros que tiveram suas vidas ceifadas na pandemia por Covid-19. “É inconcebível, inaceitável a política genocida do governo Bolsonaro. É a perda de meio milhão de pessoas... são mães, pais, filhas e filhos, amigas e amigos, familiares, um país dilacerado pelo descaso com a vida”.
“O ANDES-SN participa e constrói esse movimento reconhecendo a necessidade de ir às ruas por entender que o governo é tão letal quanto a Covid-19, pois sua inoperância e negligência frente ao combate à pandemia gera milhões de brasileiro(a)s em situação de fome ou insegurança alimentar, desemprego, aumento exponencial do custo de vida no país, entre outras consequências drásticas para classe trabalhadora que é a afetada por toda essa política de morte”, diz outro trecho da nota.