Carol Iara, covereadora pela Bancada Feminista (PSOL/SP), é a primeira parlamentar intersexo eleita no país. Segundo sua assessoria, foram disparados dois tiros contra a casa onde Iara mora com a mãe e o irmão na noite de quarta-feira (27). Os moradores estavam presentes na casa, mas nenhum deles foi atingido. No momento dos disparos, um carro branco com vidros escurecidos esteve parado na frente da casa por cerca de três minutos.
O mandato coletivo do qual Iara faz parte foi eleito em 2020 para a Câmara Municipal de São Paulo com 46.267 votos e é formado por três parlamentares. Carolina Iara é negra, trans e convive com HIV. Segundo nota divulgada pela Bancada Feminista, “foi um crime político, por tudo que a covereadora representa como liderança de movimentos de pessoas trans. Exigimos investigação imediata, pois não podemos permitir que uma mulher preta, travesti e intersexo seja silenciada com violência".
O ANDES-SN divulgou nota em protesto ao atentado e solidariedade à covereadora, na qual relaciona o ataque ao crescimento da extrema-direita no Brasil. O Sindicato Nacional afirma que não podemos permitir que se repita o que aconteceu com Marielle Franco, cujo crime ocorrido há quase três anos permanece sem respostas, e nem que vozes, como a de Carolina Iara, sejam silenciadas, sobretudo de forma violenta. Leia a nota completa.