A Organização Internacional do Trabalho (OIT) instituiu o 28 de abril como o Dia Mundial da Segurança e da Saúde no Trabalho, em memória às vítimas de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. No Brasil, a Lei 11.121/2005 determinou a mesma data como o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho.
Há mais de um ano, diversos trabalhadores, em especial, as e os profissionais que estão na linha de frente no combate à Covid19, sofrem com a falta de segurança no trabalho e o perigo de contágio pelo novo coronavírus e suas possíveis complicações, além da preocupação em transmitir o vírus para pessoas próximas. Médicos, médicas, enfermeiros, enfermeiras, técnicos, técnicas e auxiliares de enfermagem têm colocado as suas vidas em risco para salvar as pessoas contaminadas pela Covid-19.
Entretanto, a falta de equipamentos de segurança adequados, de mão de obra em quantidade suficiente, as longas jornadas, somadas à omissão de centenas de governos pelo mundo frente à gravidade da doença, têm resultado em grandes quantitativos de vidas ceifadas. A estimativa é que ocorra uma morte a cada 30 minutos das e dos profissionais da Saúde, segundo a Anistia Internacional. No Brasil, os números também são alarmantes.
Dados dos conselhos federais de Enfermagem (Cofen) e de Medicina (CFM) apontam que ocorre uma morte a cada sete horas das e dos profissionais da Saúde que estão na linha de frente de combate à pandemia. Em muitos hospitais do Brasil, as e os profissionais vivem uma realidade de jornadas exaustivas e sem os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) adequados.
Para agravar o cenário, o país enfrenta o seu pior momento desde o início da pandemia, com hospitais públicos e privados registrando altas taxas de ocupação de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e com recordes sucessivos de mortes pela doença registradas em 24 horas. “As e os trabalhadores da linha de frente têm sofrido muito e estão expostas e expostos cotidianamente ao contágio, longe de suas famílias, com escassez de material, sobrecarga de trabalho, enfim. As equipes de saúde do SUS [Sistema Único de Saúde] têm sido incansáveis, têm se superado em prol da comunidade, têm morrido ao atuar na linha de frente da pandemia, têm aberto mão de estar com os seus para ajudar a salvar vidas, enquanto o governo desdenha, debocha, tripudia, dificulta, ameaça. Não fosse a estrutura pública, via SUS, a situação seria mais grave”, avalia Celeste Pereira, presidenta da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pelotas (Adufpel – Seção Sindical do ANDES-SN), enfermeira de formação e que tem atuado na linha de frente da vacinação em Pelotas (RS), como voluntária.
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